Bullying
São agressões físicas ou morais praticadas de forma repetitiva e com desnível de poder, com o objetivo de humilhar ou intimidar uma ou mais pessoas.
Pratica bullying quem:
• insulta, coloca apelidos desrespeitosos;
• faz comentários homofóbicos ou intolerantes em relação às diferenças físicas, culturais e econômico-sociais;
• espalha fofocas e boatos maldosos;
• destrói ou estraga materiais escolares;
• exclui ou isola propositadamente alguém;
• bate, ameaça ou pratica racismo.
Quaisquer das ações acima, sejam feitas na escola ou não, são consideradas bullying. Se as agressões são praticadas pela internet (postagens em blogs, por exemplo) ou via torpedos (SMS), elas são chamadas de cyberbullying.
Personagens
As características citadas são traços comuns de pessoas envolvidas no processo de bullying, porém não se trata de uma regra geral.
O agressor
Característica principal:
covardia
Objetivo:
autoafirmar-se através da intimidação
Normalmente:
• veio de família desestruturada;
• não recebeu atenção suficiente dos pais;
• presenciou comportamentos agressivos de adultos próximos.
A vítima
Característica principal:
medo e falta de habilidade para reagi
Objetivo:
ser respeitado
Normalmente:
• tem poucos amigos;
• é passivo e quieto;
• tem dificuldade em pedir ajuda;
• é diferente da maioria dos colegas
A testemunha
Característica principal:
medo
Objetivo:
não ser a próxima vítima
Normalmente:
não denuncia o agressor
Fim de uma história que nunca deveria ter começado.
Se você pratica bullying contra alguém, pare agora. Não tem a menor graça. Se você é vítima ou testemunha, saiba que não tem de enfrentar isso sozinho. Seus pais, seus professores e muitos adultos estão se esforçando para acabar com o bullying. Mas, para isso, você tem que contar a alguém, pois o seu silêncio dá força ao agressor. Conte aos seus pais e professores ou denuncie ao Ministério Público.
Para pais e professores
Bullying é um problema complexo e de difícil identificação, sendo uma das formas de violência que mais cresce no mundo.
Reconhecer o poder nocivo da prática do bullying é o primeiro passo para combatê-lo.
Zoação e violência não são brincadeiras e têm consequências às vezes irreparáveis para todos os envolvidos. A vítima sofre intensamente; sente-se excluída, humilhada e desrespeitada; desenvolve sentimentos negativos, baixa autoestima; pode vir a ter sérios problemas de relacionamento, tornar-se agressiva e, em casos extremos, tentar suicídio.
O agressor, se não identificado e corrigido, tende a tornar-se cada vez mais violento, hostil e desafiador, inclusive no ambiente doméstico.
A testemunha sente medo e culpa. Medo de ser a próxima vítima e culpa por ter-se calado e, de certa forma, fortalecido o agressor.
Combatendo o bullying passo a passo
1º passo
Reconhecer: bullying na escola é MUITO MAIS COMUM do que pensam os pais e professores.
2º passo
Entender que a responsabilidade por elaborar estratégias e traçar ações efetivas contra o bullying deve ser assumida igualmente tanto pelos pais quanto pelas escolas.
3º passo
Organizar uma “comissão antibullying” da qual participarão pais, direção da escola, psicólogos e pedagogos. A comissão ficará responsável por:
• detectar e agir contra a violência;
• promover a reintegração dos estudantes excluídos;
• orientar professores para promoverem a conscientização dos alunos, identificar o bullying quando instalado e deixar clara a forma como devem lidar com o problema;
• promover palestras, debates e seminários sobre o assunto;
• distribuir materiais educativos, como cartilhas, leis aprovadas contra o bullying, etc.
4º passo
Identificar e orientar os alunos que são vítimas, agressores ou
testemunhas, pela observação dos seguintes comportamentos:
• Vítimas
• isolam-se dos colegas;
• aproximam-se dos adultos que possam protegê-las;
• anulam-se em sala de aula, não perguntam nem questionam;
• faltam à aula frequentemente;
• parecem tristes e aflitas;
• queixam-se de dores diversas, principalmente antes de ir para a escola;
• gastam mais que o normal com lanches e com presentes para colegas.
• Agressores
• envolvem-se de forma direta e indireta em várias discussões;
• são arrogantes e hostis.
• Testemunhas
• não apresentam sinais evidentes para sua identificação;
• temem se envolver e se posicionar.
O bullyin é um ato imoral e covarde. Fere o direito básico da Constituição brasileira de respeito à dignidade da pessoa humana e, segundo o Código Civil, é “ato ilícito que causa dano a outrem”, passível de indenização.
Denuncie!
( FONTE: Pró-Menino )